BALTHAZAR DE MORAES DE Antas
Contexto
Pais
Pai | Data de Nascimento | Mãe | Data de Nascimento |
---|---|---|---|
PEDRO De Moraes Antas | IGNES Navarro De Antas |
Companheiros & Crianças
Cônjuge | Data de Nascimento | Filhos |
---|---|---|
BRITES Rodrigues Annes |
PEDRO De Moraes De Antas
PEDRO De Moraes ANNA De Moraes Antas |
Eventos
Tipo do Evento | Data | Local | País | Descrição |
---|---|---|---|---|
Nascimento | Mogadouro - Portugal | |||
Óbito | 1600 | São Paulo | SP |
Fatos
Mídia
Notas
Este casal é citado por Dr. José Guimarães na Genealogia de Vital Brazil "por sua vez ligado aos troncos genealógicos da Península Ibéria até a época dos Godos" SL VII,3
Deste casal procedem 4 filhos
Juiz Ordinário. Mamposteiro-mor. - foi juiz ordinario em Sào Paulo em 1579
Baltazar Moraes de Antas
Nasceu em Mogadouro,Traz-os-Montes. Pertencia as famílias Moraes e Antas, mas não era herdeiro do morgadio, que cabia ao primogênito e que na maior parte tinha sido anexado à coroa. 10.ð neto de Afonso Henriques, Baltazar chega a São Vicente em 1555.
Em 1579 Baltazar de Moraes foi eleito Juiz Ordinário da Vila de São Paulo. Foi no entanto impedido de tomar posse sob a alegação de que seria cristão-novo e, portanto, impedido por lei de exercer cargos públicos. Baltazar recorreu ao então Capitão-Mór deSão Vicente, que Ihe garantiu a posse.
Deve no entanto ter sido constrangido pelas suspeitas, porque em abril de 1579 ele abandona o posto e segue para Portugal com o único objetivo de obter provas formais de que era cristão velho de conhecida e nobre linhagem.
Volta a Portugal onde faz lavrar sua carta de nobreza em 11 setembro de 1579. Registra seus títulos sucessivamente no Porto, Fayal, Bahia e São Vicente, provando que não era Judeu ou Cristão Novo.
Chegando em Portugal, dirige-se à sua cidade natal, Mogadouro onde faz lavrar uma carta "de puritate sanguini" com todas as formalidades exigidas pela lei e pela Inquisição. Anos antes, seu irmão Belchior já havia feito lavrar um outro documento, desta vez uma carta de nobreza, que é também reproduzida nos documentos de Baltazar pelos escrivãos locais.
Para que estes documentos fossem aceitos sem qualquer sombra de dúvidas em São Vicente, Baltazar faz uma verdadeira peregrinação, fazendo-os serem reconhecidos em todas as localidades, de Mogadouro à Bahia. Isto porque cada escrivão só podia reconhecer osinal de outro escrivão por ele conhecido.
Chegando à São Vicente porém, parece que se desinteressou pelo assunto, não voltou mais à São Paulo, e morreu próximo de 1600.
Nesse ano então, seu filho Pedro de Moraes leva os documentos ao cartório de São Vicente e os faz reconhecer.
Os originais foram parar nas mãos de Francisco Velho de Moraes, neto de Baltazar que, para nossa sorte, os faz reproduzir nos livros da Vila de São Paulo em 1670, 90 anos depois, e por isto foi possível localizá-los e com eles reproduzir a filiação de Baltazar até os senhores de Vimioso. Daí até os Afonsos ( Henriques de Portugal e VI de Leão), consta de uma ação movida pela família para impugnar a tomada de Vimioso pela Coroa, sob a alegação de não existirem mais herdeiros. Dos Afonso até os visigodos são linhagens reais e portanto bem estudadas e conhecidas.
Texto extraído da obra "Os Moraes", de Regina Maria Moraes Junqueira, SP, 1999.
Genealogia Paulistana - Vol 7 - Titulo MORAES - Pág. 01 - Silva Leme - CD Marta Amato
Em nota de rodapé, consta :
" 14o. - Baltazar de Moraes de Antas ( tronco deste apelido em S.Paulo ) que em 11 de setembro de 1579, perante o juiz Amador do Valle, de Mogadouro, sendo o escrivão dos autos o tabelião Gaspar Teixeira, justificou a sua fraternidade por pai e mãe com Belchior de Moraes de Antas para se aproveitar do instrumento que a este se tinha passado. Assim se julgou de que se deu ao dito Baltazar de Moares o seu instrumento autêntico, o qual o fez reconhecer em 1579 pelos escrivões de Mogadouro, Monxagate, Torre de Moncorvo, Mirandela, e Vila Pouca de Aguiar. E na cidade do Porto justificou por Índia e Mina dito instrumento em 1579; o mesmo fez em 1580 na cidade do Funchal nesse mesmo ano justificou o instrumento e fez reconhecer os sinais dele na cidade da Bahiapor Cosme de Rangel de Macedo, ouvidor geral de toda a costa do Brasil. Baltazar de Moraes de Antas teve uma irmã casada com o Sargento-mor José Álvares Meirelles, cavaleiro fidalgo da casa do Sr. D. Antonio, e orador no Mogadouro pelos anos de 1575; irmão também de Belchior Moraes de Antas de quem fizemos menção. "
Deste casal procedem 4 filhos
Juiz Ordinário. Mamposteiro-mor. - foi juiz ordinario em Sào Paulo em 1579
Baltazar Moraes de Antas
Nasceu em Mogadouro,Traz-os-Montes. Pertencia as famílias Moraes e Antas, mas não era herdeiro do morgadio, que cabia ao primogênito e que na maior parte tinha sido anexado à coroa. 10.ð neto de Afonso Henriques, Baltazar chega a São Vicente em 1555.
Em 1579 Baltazar de Moraes foi eleito Juiz Ordinário da Vila de São Paulo. Foi no entanto impedido de tomar posse sob a alegação de que seria cristão-novo e, portanto, impedido por lei de exercer cargos públicos. Baltazar recorreu ao então Capitão-Mór deSão Vicente, que Ihe garantiu a posse.
Deve no entanto ter sido constrangido pelas suspeitas, porque em abril de 1579 ele abandona o posto e segue para Portugal com o único objetivo de obter provas formais de que era cristão velho de conhecida e nobre linhagem.
Volta a Portugal onde faz lavrar sua carta de nobreza em 11 setembro de 1579. Registra seus títulos sucessivamente no Porto, Fayal, Bahia e São Vicente, provando que não era Judeu ou Cristão Novo.
Chegando em Portugal, dirige-se à sua cidade natal, Mogadouro onde faz lavrar uma carta "de puritate sanguini" com todas as formalidades exigidas pela lei e pela Inquisição. Anos antes, seu irmão Belchior já havia feito lavrar um outro documento, desta vez uma carta de nobreza, que é também reproduzida nos documentos de Baltazar pelos escrivãos locais.
Para que estes documentos fossem aceitos sem qualquer sombra de dúvidas em São Vicente, Baltazar faz uma verdadeira peregrinação, fazendo-os serem reconhecidos em todas as localidades, de Mogadouro à Bahia. Isto porque cada escrivão só podia reconhecer osinal de outro escrivão por ele conhecido.
Chegando à São Vicente porém, parece que se desinteressou pelo assunto, não voltou mais à São Paulo, e morreu próximo de 1600.
Nesse ano então, seu filho Pedro de Moraes leva os documentos ao cartório de São Vicente e os faz reconhecer.
Os originais foram parar nas mãos de Francisco Velho de Moraes, neto de Baltazar que, para nossa sorte, os faz reproduzir nos livros da Vila de São Paulo em 1670, 90 anos depois, e por isto foi possível localizá-los e com eles reproduzir a filiação de Baltazar até os senhores de Vimioso. Daí até os Afonsos ( Henriques de Portugal e VI de Leão), consta de uma ação movida pela família para impugnar a tomada de Vimioso pela Coroa, sob a alegação de não existirem mais herdeiros. Dos Afonso até os visigodos são linhagens reais e portanto bem estudadas e conhecidas.
Texto extraído da obra "Os Moraes", de Regina Maria Moraes Junqueira, SP, 1999.
Genealogia Paulistana - Vol 7 - Titulo MORAES - Pág. 01 - Silva Leme - CD Marta Amato
Em nota de rodapé, consta :
" 14o. - Baltazar de Moraes de Antas ( tronco deste apelido em S.Paulo ) que em 11 de setembro de 1579, perante o juiz Amador do Valle, de Mogadouro, sendo o escrivão dos autos o tabelião Gaspar Teixeira, justificou a sua fraternidade por pai e mãe com Belchior de Moraes de Antas para se aproveitar do instrumento que a este se tinha passado. Assim se julgou de que se deu ao dito Baltazar de Moares o seu instrumento autêntico, o qual o fez reconhecer em 1579 pelos escrivões de Mogadouro, Monxagate, Torre de Moncorvo, Mirandela, e Vila Pouca de Aguiar. E na cidade do Porto justificou por Índia e Mina dito instrumento em 1579; o mesmo fez em 1580 na cidade do Funchal nesse mesmo ano justificou o instrumento e fez reconhecer os sinais dele na cidade da Bahiapor Cosme de Rangel de Macedo, ouvidor geral de toda a costa do Brasil. Baltazar de Moraes de Antas teve uma irmã casada com o Sargento-mor José Álvares Meirelles, cavaleiro fidalgo da casa do Sr. D. Antonio, e orador no Mogadouro pelos anos de 1575; irmão também de Belchior Moraes de Antas de quem fizemos menção. "